terça-feira, 9 de setembro de 2008

Estranho

Lá estava ela. Em mais uma noite de verão, sentada no alpendre a comtemplar a Lua.
Estava a espera que aparecesse aquela estrela cadente que tanto tinha ouvido nas notícias.
Já era tarde e nada daquele fenómeno, que tanto tinha ouvido falar.
Estranho.
De repente, ouve as folhas a mexer. Volta a cabeça, mas nada aparecesse.
Estranho.
Volta a colar o olhar no seu estrelado com uma Lua quase tão grande como....como...o planeta Terra!! E a cadente, onde estava a estrela cadente?? perguntava-se ela a si mesma.
Estranho.
Volta a ouvir algo....algo que não soube explicar o que era.
De trás dos arbustos saí uma pessoa. Um rapaz, moreno, alto e com um olhar brilhante como nunca antes tinha visto. Na mão trazia um ramo de tulipas cor de rosa e no meio das flores estava um cartão. Um cartão em forma de estrela cadente.
Estranho.
Olharam-se...mas não falaram.
Ela abriu o cartão... "Para ti estrela cadente do meu coração!", dizia o cartão numa letra perfeita, como se tivesse sido bordada.
Ela saltou para os braços dele. Ele tocou-lhe no cabelo sedoso, inclinou-lhe o queixo para cima e dei-lhe um longo beijo na testa.
Mutuamente, olharam para o céu e viram, ainda abraçados, uma chuva de estrelas cadentes.
Estranho.
Mas felizes!

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